"A presença da mulher amada"
O que posso expressar diante da voz que não se cala;
Dizer que não posso senti-lo, já não é mais pertinente;
Abalou minhas estruturas, se apegou em mim;
Que nosso consumo não seja somente físico, lembra-te;
Não é este meu maior encanto, meu olhar elevo ao céu!
O que posso dizer diante da voz que grita em silêncio;
Também curtir este silêncio e almejar tuas palavras;
Me esquecer da distância, me aproximar de seus lábios;
Beijar-te em desespero, calar-me diante do medo;
Transferir-me na saudade, em teu colo acalentar-me!
O que posso sentir diante da voz que pede amor;
Sentir-te em longos sonhos, e esforçar-me nas lembranças;
Saciar-me nos teus segredos, ser musa de suas inpirações;
Tranceder-me pro teu mundo, revelar-te meu corpo;
Dar-te o que mais almeja, a presença da mulher amada!
Borboleta
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